quarta-feira, 31 de julho de 2013

VOOU O PRIMEIRO EC665 TIGRE CONSTRUÍDO EM ALBACETE (M1109 - 228PM/2013)

EC665 Tigre HAD/E      Foto: Eurocopter
 
O programa do helicóptero de combate Tigre alcançou na passada segunda-feira um importante marco, com o voo inaugural da primeira unidade montada pela Eurocopter em Albacete. A entrega do helicóptero, também o primeiro Tigre HAD/E que receberão as Forças Aeromóveis do Exército espanhol (FAMET) está prevista para finais do ano.

Integram o programa EC665 Tigre os ministérios da Defesa da França, Alemanha e Espanha. Com o plano de participação industrial previsto para o programa, a indústria espanhola, liderada pela Eurocopter Espanha, tem capacidade para participar em todo o ciclo de vida os helicópteros, desde o projeto, aos voos de teste e certificação, produção de elementos estruturais, linha de montagem final e suporte integral. A fábrica da Eurocopter situada em Albacete, é além disso, a única a fabricar a fuselagem traseira em todo o mundo e a única em Espanha com capacidade para fabricar helicópteros.

Outras empresas espanholas participam ainda de modo atrivo no programa, como a ITP, sócia do consórcio MTRI, que projeta e produz os motores da aeronave, que foram especialmente melhorados para  aversão espanhola do Tigre HAD/E. Outras empresas como a Indra, Amper, Elimco, Aernnova, TEcnobit, DMP, Sacesa e Celéstica, entre outras, participam também deste importante programa industrial, fabricando sistemas, equipamentos, componentes  e  peças.

Espera-se que este helicóptero seja entrege às FAMET ante sdo final de 2013, aumentando significativamente as capacidades do Exército, que conta atualmente com seis Tigres, fabricados em França, da variante HAP/E, dos quais várias unidades operam no Afeganistão, com bastante sucesso.

O Tigre é produzido em várias versões, e foi projetado para cobrir missões de reconhecimento, escolta, proteção, combate ar-ar e ar-terra, oferecendo uma plataforma multi-missão flexível, que permite que as forças armadas contem com a versatilidade necessária nos teatros de operações atuais. A variante HAD é a mais moderna e completa de todas as versões do Tigre.

O programa tem até à data encomendas no total de 194 unidades, entre Alemanha (68 UHT), França (40HAP/F+40HAD/F), Austrália (22 ARH) e Espanha (24 HAD/E). A frota de EC665 Tigre em serviço é atualmente de 93 unidades, que somam um total de 44.430 horas de voo (atualização a maio de 2013).

Fonte: revistatenea.es
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro


PLAYBOY CHEGA ÀS 4000 HORAS DE VOO (M1108 - 227PM/2013)

O Super Lynx Mk.95 n/c 19205           Foto: Marinha Portuguesa

No passado dia 22 de julho de 2013, o helicóptero da Marinha Portuguesa Super Lynx Mk.95 com o número de cauda 19205 e o apelido de “Playboy”, embarcado no NRP Álvares Cabral, navio-almirante da Força Naval da União Europeia, ultrapassou a barreira das 4000 horas de voo.
A marca foi atingida durante o destacamento da força na Operação Atalanta no Oceano Índico., onde desempenha missões de combate à pirataria e de caráter humanitário.

Os Super Lynx Mk.95 foram recebido em 1993 para equipar a Esquadrilha de Helicópteros da Marinha, tendo completado já durante 2013 um total de 20.000 horas de voo e os 20 anos de serviço.

Fonte: Marinha
Adaptação: Pássaro de Ferro

terça-feira, 30 de julho de 2013

EUA ATRASAM ENTREGA DE F-16 AO EGITO (M1107 - 226PM/2013)

F-16D Fighting Falcon egípcio   Foto: Amy Abbot/USAF

A decisão da Casa Branca em adiar a entrega de um lote de caças F-16 ao Egito, pretende fazer ganhar tempo ao executivo de Washington, enquanto não se definem os contornos da situação política no país africano.

"Atualmente é inapropriado efetuar a entrega" declarou Josh Earnest, adido de imprensa da Casa Branca durante uma reunião com a imprensa no passado dia 25 de julho. Alegadamente, o Secretário da defesa norte-americano Chuck Hagel, terá já informado o General Abdul-Fattah el-Sisi, Chefe das Forças Armadas egípcias.
Quando confrontado com a pergunta se a decisão seria uma forma de punição aos militares egipcios, que depuseram o presidente Mohamed Morsi, Earnest referiu que "os EUA estão a rever as suas obrigações de acordo com a lei, mas que se espera que os militares egípcios continuem a mover-se na direção a um governo eleito democraticamente no país".

Foto: USAF
Os caças fabricados pela Lockheed Martin, são parte de um contrato maior do Departamento de Defesa no valor de até 3200 M USD, incluindo um total de 24 F-16C/D, armamento e peças associados. Vinte das aeronaves tinham entrega prevista para 2013.

A dificuldade em suspender totalmente a ajuda militar, mesmo em caso de golpe de estado contra um governo eleito democraticamente, está no estatuto especial de que goza o Egito, similar ao de Israel, que permite a aquisição de mais material militar do que o efetivamente pago.

Fonte: Military.com
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

PRIMEIRO TYPHOON TRANCHE 3 (M1106 - 225PM/2013)

Primeiro Typhoon Tranche 3   Foto: BAE Systems

O primeiro Typhoon Tranche 3, s/n BS116, foi transferido da linha de montagem final para as instalações de pintura onde passou duas semanas em acabamentos, revelou a BAE Systems no dia 25 de julho passado.

A próxima paragem na reta final para subir aos céus, é a hush house, um hangar à prova de som onde são testados os motores, e onde será realizada uma série de testes durante as próximas semanas. Os primeiros voos de teste estão previstos para setembro/outubro de 2013.

Os melhoramentos introduzidos pela Tranche 3, incluem mais de 350 modificações, que trazem ao modelo as mais recentes tecnologias.

Entre as capacidades dos aviões da Tranche 3, estão a possibilidade de uso de tanques conformais, potência elétrica e arrefecimento aumentados, de modo a poder albergar um radar E-Scan de capacidade, fiabilidade e disponibilidade ampliadas, ao mesmo tempo que baixa os custos de suporte para os utilizadores. A capacidade de computorização alargada e comunicação de dados de alta velocidade, conferirão ainda mais flexibilidade no futuro.

O contrato da Tranche 3 foi assinado em 2009, e compreende um total de 112 aeronaves a distribuir pelos quatro países do consórcio Eurofighter: Alemanha, Espanha, Itália e Reino Unido.
Dentre estes, 40 destinam-se à Royal Air Force, com as primeiras entregas previstas para o fim de 2013.

Fonte: BAE Systems
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro



segunda-feira, 29 de julho de 2013

SAAB OFERECE GRIPEN AOS PAÍSES BAIXOS (M1105 - 224PM/2013)

Saab JAS 39 Gripen

Foi oferecida ao Governo holandês, a possibilidade de adquirir um caça competitivo com o F-35, atualmente o modelo preferido.
De acordo com a publicação Financieel Dagblad, o fabricante sueco Saab, ofereceu o modelo do JAS-39 Gripen NG ao governo de Amesterdão, numa tentativa de ganhar o contrato, incluindo mesmo uma multa a pagar aos Países Baixos, no caso de atrasos na entrega das aeronaves.
Já no início do ano, o Parlamento do país das tulipas havia solicitado ao Gabinete (de Defesa) a permissão para que os concorrentes do F-35 pudessem submeter novas ofertas, em virtude dos constantes atrasos e problemas do caça da Lockheed Martin.

Os Países Baixos estão envolvidos diretamente no desenvolvimento do F-35, tendo atulmente dois protótipos a voar. Ao todo, foram já investidos 1000 M EUR no programa. A preocupação é contudo, de que a substituição da frota F-16 em uso no país há mais de três décadas, pelo F-35, possa atingir os 4500 M EUR.

Modelo à escala 1/1 do F-35 Lightning II holandês exposto no 100º Aniversário da FA Holandesa

Após inúmeras críticas e previsões ao programa F-35, que têm sido divulgadas, tanto interna como externamente, e de já durante o corrente ano ter sido reafirmada a confiança no JSF, o Governo de Amsterdão irá tomar uma decisão até ao fim de 2013, se irá continuar a apoiar o F-35 ou não.

Fonte: Dutch News
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro



TURISTA IRLANDESA RECUPERADA DE HELICÓPTERO APÓS QUEDA EM FALÉSIA (M1104 - 223PM/2013)

Kamov Ka-32 da Proteção Civil

Uma turista irlandesa, de 33 anos, que se encontrava acompanhada por familiares, caiu de uma falésia a cerca de seis metros de altura a sul da Praia do Amado, no concelho de Aljezur, neste domingo, quando descia para o areal por um caminho íngreme em condições difíceis, segundo apurou o DN.

Apresentava fraturas na face e num braço, tendo sido resgatada por elementos da equipa de salvamento em grande ângulo dos Bombeiros Voluntários de Aljezur. Posteriormente, foi levada no helicóptero da Autoridade Nacional de Proteção Civil para o Hospital do Barlavento Algarvio, em Portimão

O alerta foi dado pelas 15.40 horas de domingo à Polícia Marítima, tendo a vítima sido levada no helicóptero da Autoridade Nacional de Proteção Civil com base em Loulé para o Hospital do Barlavento Algarvio, na cidade de Portimão. Apresentava fraturas na face e num braço.

Na operação de resgaste estiveram, igualmente, envolvidos dez elementos da corporação dos Bombeiros Voluntários de Aljezur e quatro viaturas. Em virtude da dificuldade de acesso ao local do acidente, enquanto vários bombeiros se deslocaram ao longo da Praia do Amado para tentar localizar a turista, elementos da equipa de salvamento em grande ângulo daquela corporação seguiram pelas falésias. Ali, numa zona de difícil acesso, foi encontrada caída a vítima, que até se mostrava consciente, apesar do impacto sofrido ao embater nos rochedos.

Fonte: Diário de Notícias

GRIPENs À VENDA NA ÁFRICA DO SUL (M1103 - 222PM/2013)


Saab JAS 39 Gripen sul-africano   Foto: Frans Dely/Saab

A Força de Defesa Nacional Sul-Africana (SANDF) está alegadamente a considerar a hipótese de  alienar caças Gripen e helicópteros Agusta A109, uma vez que não tem atualmente dinheiro para os manter em uso operacional.

De acordo com uma reportagem da publicação Beeld, a frota de 18 helicópteros A109 foi ocasionalmente ativada, mas as aeronaves não chegaram a voar.

Devido a cortes no orçamento de gastos militares, os 26 caças Gripen adquiridos através de um controverso contrato, não estão também em condições de uso. Ainda segundo a mesma reportagem, a SANDF estaria  a ponderar agora vendê-los devido à falta de verbas.

O perito em assuntos militares Helmoed-Romer Heitman, sugeriu que a Força Aérea Sul Africana estaria a sofrer de uma falta de rumo de Estado, relativamente ao que pretende para as suas Forças Armadas. "Uma força aérea sem caças é um pássaro morto no contexto militar africano. Um exército sem helicópteros nem aviões de carga é um dinossauro num pântano" acrescentou numa entrevista à IOL. "Um exército sem helicópteros de ataque ou transporte tático é um pássaro sem asas. Uma marinha sem helicópteros marítimos ou aviões de patrulha marítima, está cega" concluíu.

Fonte: iafrica.com
Tradução: Pássaro de Ferro





ELEMENTO DE DESTACAMENTO HOLANDÊS FALECE EM ACIDENTE DE AUTOMÓVEL (M1102 - 221PM/2013)

Um CH-47 Chinook do destacamento holandês no Hot Blade

Segundo notícia veiculada esta manhã, faleceu em acidente de viação, um dos elementos do destacamento holandês no exercício Hot Blade, sedeado no Aeródromo de Manobra nº1 em Ovar. Inicialmente identificado segundo notícia do Correio da Manhã, como sendo um dos pilotos, veio mais tarde a confirmar-se tratar-se de um elemento do destacamento, mas não um piloto.

Ainda segundo o referido jornal: "Cinco minutos depois de se despedir dos amigos na rulote das bifanas no centro de Santa Maria da Feira, (...) Morad Maujori, de 43 anos, morreu após um aparatoso despiste. O carro, que era conduzido pelo amigo da vítima, Eza Vulk, ainda foi projetado mais de 10 metros e caiu num campo. Ao que o CM apurou, Morad não levaria cinto de segurança e teve morte imediata. O condutor sofreu ferimentos ligeiros.

O acidente ocorreu pelas 03h40 (de domingo), na rua Santos Carneiro, em Santa Maria da Feira, a cerca de 100 metros do hotel da Inatel, onde os dois amigos estavam hospedados. Aproveitaram a folga do fim de semana para alugar um carro e divertirem-se na noite de Santa Maria da Feira.

Os dois militares integravam o destacamento de helicópteros que desde 17 de julho participam no exercício militar "Hot Blade 2013" que está a decorrer na base aérea de Maceda, Ovar.

"Foi um estrondo enorme. Quando saí vi o carro capotado no campo e o homem caído no chão. Corri para ele, mas já não havia nada a fazer", explicou ao Correio da Manhã Carlos Pinho, uma testemunha.

Na altura do acidente, a estrada estava molhada e escorregadia por causa da chuva. O local é apontado como muito perigoso por não haver um rail de proteção que impeça a queda dos carros ao campo.

No local estiveram os bombeiros da Feira e equipa médica do INEM do Hospital S. Sebastião. A PSP investiga o acidente mortal."

Em virtude do sucedido, e por respeito para com a memória do militar falecido, a Força Aérea Portuguesa cancelou as atividades extra-exercício previstas, o que inclui o segundo spotters day, previsto para o dia de amanhã, 30 de julho.


Fonte: Correio da Manhã e outras

CN235 VIGMA NA OPERAÇÃO ATALANTA (M1101 - 220PM/2013)



Depois de substituir o P-3M Orion no dia 22 de julho de 2013, o CN235 D.4 VIGMA da Força Aérea Espanhola realizou o seu primeiro voo operacional na zona de atuação da Operação Atalanta no Corno de África a 24 de julho.
A missão realizou-se sem problemas, cumprindo-se todos os objetivos marcados na dita Operação de responsabilidade da União Europeia, comprovando a aeronave a sua capacidade para realizar missões de vigilância marítima e ISR (Intelligence, Vigilance and Reconaissance). O desenrolar da missão foi acompanhado em tempo real a partir do centro de apoio às operações do Destacamento da FA Espanhola no Djibuti, o que atesta também a capacidade da conectividade ar-terra desta plataforma.


No regresso da missão, foram recebidos pelo Chefe do destacamento Orion, que felicitou a tripulação pela sua rápida adaptação ao cenário da operação e pelo excelente desempenho, incitando todo o pessoal a continuar com o mesmo entusiasmo e esforço demonstrados no primeiro voo.

Fonte e fotos: Ejército del Aire Espanhol
Tradução: Pássaro de Ferro


domingo, 28 de julho de 2013

ESQUADRA 103 - AIRPOWER 2013 (M1100 - 219PM/2013)







A Força Aérea Portuguesa foi convidada pela Força Aérea Austríaca para participar no Airpower13, em Zeltweg, entre os dias 27 e 30 de Junho.
Este evento tinha-se realizado pela última vez em 2011 e é uma organização conjunta da Força Aérea Austríaca e da Red Bull.
Coube aos Caracóis representar o País e a Força Aérea neste evento, destacando dois Alpha-Jet, o 15211 (o avião Caracol com a pintura dos 50 Anos da Esquadra 103) e o 15236 (que ostenta na deriva as "cores" das 50.000 horas da frota Alpha Jet).
O movimento das aeronaves serviu também para cumprir a missão atribuída à Esquadra 103 com a qualificação de Instrutores e Instrução de Alunos.
Aqui fica a resposta ao desafio.



Texto e fotos: Força Aérea Portuguesa
Adaptação: Pássaro de Ferro

NOVA GERAÇÃO DE AVIÕES CHINESES (M1099 - 218PM/2013)

KJ-2000     Foto:Wikipedia

Wang Xiaomo, membro da Academia de Engenharia da República Popular da China, disse em entrevista ao Diário do Povo que a próxima geração de aviões chineses equipados com o sistema de alerta aéreo antecipado e controle (AEW&C, na sigla em inglês) poderá ultrapassar todos os concorrentes estrangeiros.

É incontestável que a China logrou enormes êxitos no desenvolvimento de aeronaves AEW&C de fabrico nacional. Uma primeira tentativa de criar um avião desse tipo, foi empreendida ainda no final dos anos 1960, utilizando para tal o antiquado bombardeiro soviético Tu-4, tentativa que não foi bem-sucedida. Já na década de 2000, a China conseguiu desenvolver e produzir em série, quase simultaneamente três tipos de aeronaves AEW&C, nomeadamente, o KJ-200, o KJ-2000 e o ZDK-03 – uma modificação de exportação destinada à Força Aérea do Paquistão. Além disso, é de conhecimento público que estão a ser levados a cabo, trabalhos para criar o JZY-01, um protótipo do avião AEW&C embarcado.

Todos os aviões AEW&C chineses utilizam, como se sabe, radares de varredura eletrónica ativa. Os KJ-2000, sendo de maior porte, possuem radares mais potentes com refrigeração a água. Nos KJ-200 e ZDK-3, de menor envergadura, são usados radares menos potentes com refrigeração a ar.

Os trabalhos de desenvolvimento das aeronaves AEW&C vêm sendo concentrados no Instituto de Pesquisas número 38, pertencente à CETC (Companhia Chinesa de Equipamento Eletrónico e Informático). O Instituto é um importante centro de desenvolvimento de equipamento eletrónico e radares, não só para as Forças Armadas mas também as agências de segurança nacional da China.

No entanto, os trabalhos com vista a desenvolver elementos tão importantes do equipamento radiolocalizador, como ogivas autoguiadas para mísseis ar-ar e radares para caças-bombardeiros, estão a ser realizados num outro centro, o Instituto de Tecnologias Eletrónicas de Leihua.

O próprio Wang Xiaomo trabalhou durante a maior parte de sua vida no Instituto de Pesquisas Nº38, desde a fundação do último, exercendo o cargo de diretor entre 1986 e 2001. Foi ele que encabeçou as equipas de desenvolvimento dos aviões KJ-200 e KJ-2000. Contudo, o responsável imediato pelo projeto dos radares para as referidas aeronaves, foi outro eminente especialista chinês em radiolocalização, U Man Ching. Aos 36 anos, tornou-se diretor do Instituto de Pesquisas Nº38 e aos 44 foi promovido a catedrático.

O grande número de galardões obtidos por Wang Xiaomo e U Man Ching é uma prova convincente de que os líderes políticos do país e o comando do Exército de Libertação Popular da China têm em alto apreço o progresso do equipamento de radiolocalização de origem chinesa.

Não obstante, as conclusões sobre a “supremacia” da tecnologia chinesa, sobre os semelhantes tipos de equipamento concebido e fabricado noutros países, podem ser prematuras. Esse equipamento é extremamente complexo e muitas vezes acontece que, após ter sido aprovado para entrar ao serviço das Forças Armadas, passam vários anos antes que sejam eliminadas pequenas imperfeições. Enquanto isso, no papel, quer dizer, em termos formais, as características táticas e técnicas irão parecer únicas dentro do tipo.

No artigo dedicado a Wang Xiaomo, o Diário do Povo faz notar que o comando de caças diretamente a partir de uma aeronave AEW&C foi efetuado, pela primeira vez, durante as manobras de 2012 no Noroeste da China, embora os KJ-200 tivessem entrado no serviço operacional em 2009 e os KJ-2000 ainda mais cedo.

Ficam comprovadas desta forma as conjeturas de alguns especialistas de que, até recentemente, as aeronaves AEW&C chinesas só transmitiam dados para um centro de comando em terra que, com base neles, controlava os caças, o que provocava perdas de tempo no processo de comando. Esse facto, pode comprovar a existência de dificuldades técnicas ou de caráter organizativo, que para serem ultrapassados necessitarão de algum tempo.
Para já, o Instituto de Pesquisas Nº38 não deixa no entanto de despertar o interesse, não só pelas suas realizações bem-sucedida,s mas também por ter estreitos vínculos com a Rússia. 
Uma das suas subdivisões mais importantes é mesmo o Centro de Adaptação de Novas Tecnologias Russas.


Fonte: Voz da Rússia
Adaptação: Pássaro de Ferro


SU-27 SCRAMBLE NO BÁLTICO (M1098 - 217PM/2013)

Parelha de Su-27

Dois Su-27 de alerta na Força Aérea Russa foram chamados no início da passada semana, a intercetar uma aeronave ligeira, que teria violado o espaço aéreo do país dos Czares, informou o Ministério da Defesa russo.

As Forças de Defesa Aeroespaciais Russas detetaram um avião a voar sobre território polaco, rumo à baía de Gdansk, a cerca de 50km da fronteira com a Rússia, na segunda-feira à noite: "pelas 20:26 de 22 de julho, um Cessna atravessou a fronteira russa pela baía de Gdansk, não respondendo às comunicações (das autoridades russas)" informou o Ministério no comunicado.

Um caça Su-27 estacionado na região de Kalinigrado foi enviado para proceder à identificação da aeronave e prevenir a sua penetração para o interior do espaço aéreo russo.

"Após obter contacto visual com os Su-27, o avião efetuou uma volta e dirigiu-se rumo à Lituânia, atravessando a fronteira com aquele estado báltico pelas 21:09" podia ainda ler-se no comunicado. Segundo o mesmo documento, um segundo Su-27 descolou pouco depois, de modo a reforçar a defesa aérea naquela região.

A identidade da aeronave, não foi contudo revelada, nem qualquer outro pormenor do incidente.

Fonte: Ria Novosti
Tradução e adaptação: Pássaro de Ferro

sábado, 27 de julho de 2013

QUESTÕES DE PESO (M1097 - 216PM/2013)

Versão N-2502 com reatores na ponta das asas   Foto: Col. Fernando Moutinho

Peso a mais à descolagem

Pouco depois da independência da Guiné, ainda estava nas OGMA, fui encarregado de transportar de Bissau para Alverca uma máquina ferramenta, de elevado valor pertencente às OGMA. Antes de sair contactei um dos principais responsáveis da secção, para saber o peso da dita máquina. Foi-me indicado cerca de 3.500 Kg.
Antes de sair de Bissau para o Sal, as autoridades locais perguntaram-me se tinha alguma disponibilidade de peso até ao Sal. Disponibilizei, como segurança, carga até 1000 Kg e cinco passageiros. Assim se fez. Teoricamente estaríamos abaixo do peso máximo à descolagem.
Este Nord, o 6415, do tipo 2502 (com motores de jato auxiliares), era um pouco ronceiro, mas cumpria as suas missões, sempre sem problemas.
Tempo quente. Reatores e motores no máximo, e toca a descolar.
A meio da pista apercebi-me que algo estava errado: peso a mais!
Tinha de decidir: abortar a descolagem ou continuar.
Abortando, corria o risco de não ter pista suficiente para travar, tendo em atenção a inércia aumentada pelo peso. Além disso, havia água à frente.
Repito: calor, sem reversível, muito peso. Os travões poderiam ser insuficientes.
Resolvi continuar, tendo em conta que na aterragem o peso estaria diminuído devido ao consumo do combustível na rota.
Acabei por sair do chão e, muito lentamente, comecei a subir.
Normalmente os procedimentos indicavam a utilização dos reatores até 3.000 pés, mas mantive-os ligados até longos minutos depois, até atingir a altitude cruzeiro, aos 7000 pés. Nesta altitude tive de manter um regime de motor mais elevado do que o normal, para poder obter uma velocidade de cruzeiro menos má.
Quando passámos ao largo de Dakar já conseguia voar à potência normal.
Claro que na aterragem, na ilha do Sal, ainda teria peso a mais.
Teve de ser feita uma aterragem para "senhoras grávidas".
A pista era longa, permitindo uma aterragem cuidada. Correu bem.
Para concluir, ao chegar a Alverca, além de chamar à responsabilidade quem me indicou o peso da máquina, exigi que na presença dele fosse pesada a dita. "Só" pesava mais de 7000 Kg.
Tinha descolado com, pelo menos, 2000 kgs a mais…

Calhaus com olhos

Versão N-2501 sem reatores         Foto: Col. Fernando Moutinho

Em, fins de Novembro de 1971, fomos incumbidos de transportar um grupo de "páras" para Ninda (Angola).
Como era costume tínhamos de ter muito cuidado com o peso do pessoal equipados para operações. Nestas missões o peso é que contava e por vezes apareciam com peso excessivo. Era, como não podia deixar de ser, um problema de segurança de operação do avião.
Ora, nesse dia o percurso para Ninda foi feito pelo 2º piloto, de acordo com a alternância de percursos.
Quando estávamos na fase de "arredondar" o 2º piloto começa a gritar "ai, ai, ai" e, virando-se para mim diz "agarra no manche, ajuda-me, que não consigo aterrar!"
Imediatamente deitei as mãos e juntamente com ele, em vez do normal movimento de trazer o manche atrás, fomos obrigados a fazer força para a frente, até poisarmos o avião.
Berrei para o mecânico, que fosse lá atrás chamar os pára-quedistas para a frente, porque receava que o avião assentasse a cauda antes, ou ao parar. O que sucedeu, foi que pura e simplesmente ao sentirem que estavam a chegar ao solo, começaram a movimentar-se para a cauda.
Para remediar, utilizei uma técnica, uma travadela em força, que com a inércia os levou de roldão em direção do nariz.
Custou-me a perdoar esta insensatez porque eram homens da mesma arma e sabedores de certas regras que tinham de cumprir.
A expressão "calhaus com olhos" assenta por isso como uma luva. Pode parecer depreciativa, mas é na verdade afetiva.


Texto: Cap. (Ref.) Fernando Moutinho

sexta-feira, 26 de julho de 2013

AERONOSTALGIA 2013 - SANTARÉM (M1096 - 215PM/2013)


Amanhã sábado, dia 27 de julho, vai realizar-se a AeroNostalgia 2013, no Aeródromo Cosme Pedrógão, em Santarém, a propósito do 18º aniversário da Aero Fénix.
As comemorações incluem demonstrações de aeromodelismo com aeronaves clássicas telecomandadas, uma exposição de aeronaves e viaturas clássicas e um voo de formação com as aeronaves convidadas, incluindo três Chipmunk com o motor original:

- Cessna 140 N4122N
- Cri-Cri
- DHC-1 Chipmunk T Mk.20 "Soris" CS-AZX
- DHC-1 Chipmunk T Mk.20 G-BPAL
- DHC-1 Chipmunk T Mk.20 G-CHPI
- Dornier 27A-4 FAP3357
- Piper PA-22-108 Colt CS-ALP
- Piper J-3C-65 Cub CS-ABK
- Piper J-3C-90 Cub CS-DIE
- Piper PA-18-90 Super Cub CS-ACH
- Piper PA-18-135 Super Cub CS-AIA
- Yakovlev 52 RA-3147

PROGRAMA:
10:30 = Aeromodelismo R/C: Piper Cub, Tiger Moth, entre outros
11:30 = Voo em formação das aeronaves participantes
13:00 = Almoço
15:30 = Voos de divulgação
18:30 = Beer call


CONSELHO DE MINISTROS CONFIRMA VENDA DE 12 F-16 À ROMÉNIA (M1096 - 63AL/2013)

 F-16AM

Pela primeira vez, foi confirmada oficialmente a alienação de uma dúzia de F-16 presentemente ao serviço da Força Aérea Portuguesa, a vender para a sua congénere romena.
Em Conselho de Ministros realizado ontem 25 de julho, foi aprovada a despesa que contempla a preparação e a atualização da configuração das aeronaves, a formação, treino e apoio logístico inicial e a sustentação de uma equipa de apoio técnico, até ao montante de 108,2 milhões de euros, encargo a satisfazer pelas verbas inscritas no contrato de alienação.

Este comunicado oficial do Conselho de Ministros vem finalmente confirmar as notícias de um negócio que vem sendo comentado de há algum tempo a esta parte, mas que careceu sempre de confirmação oficial e que o Pássaro de Ferro acompanhou sempre, em diversas edições, conforme recordamos aqui, aqui, aqui  e finalmente aqui.
Ainda assim, ficaremos atentos a futuras e mais pormenorizadas informações acerca do tema.


CUSTOS DO SISTEMA DE EJEÇÃO DOS ALPHA JET (M1094 - 214PM/2013)

Alpha Jet A da Esquadra 103

A manutenção dos sistemas de ejeção dos aviões de treino Alpha Jet, da Força Aérea Portuguesa, vai custar 1,8 milhões de euros entre 2014 e 2017, refere uma portaria assinada pelos Ministros da Defesa e das Finanças.

O diploma, assinado em abril por Aguiar-Branco, Ministro da Defesa, e Vítor Gaspar, então ainda Ministro de Estado e das Finanças, e publicado em julho em Diário da República, autoriza "a celebração de contratos plurianuais para aquisição de componentes para os sistemas de ejeção das aeronaves, compradas em 1993 à Alemanha".

No total, a Força Aérea gastará 1,8 milhões de euros até 2017 (450 mil euros distribuídos por cada ano) nos Alpha Jet (atualmente menos de uma dezena em operação), que estão integrados na Esquadra 103 e servem para treinar os futuros pilotos dos caças F-16.

A portaria do Governo refere que esta aquisição da Força Aérea visa "assegurar a operacionalidade da frota Alpha Jet" e que "a aquisição, em tempo oportuno, de componentes para os sistemas de ejeção destas aeronaves é indispensável".

De recordar que a frota Alpha Jet ao serviço da Força Aérea Portuguesa, de origem alemã, teve desde sempre problemas logísticos, devido a muitos dos componentes terem apenas um fornecedor possível, o que aumenta invariavelmente os custos. Dentre estes, as cadeiras ejetáveis foram sempre dos mais difíceis de resolver, tendo causado já a paragem da frota.

Quando em 2011 uma proposta sul-coreana, para utilização conjunta da Base Aérea nº11 (instrutores e pilotos portugueses passariam a utilizar os aviões sul-coreanos), com aviões T-50 Golden Eagle, parecia ditar o fim do Alpha Jet e problemas adjacentes, eis que o esfriar do negócio admitido pelo executivo de S.Bento em maio passado, volta a recolocar na linha da frente as questões logísticas e em última análise um sucessor para o avião de treino a partir de 2018.


Fonte: Lusa e outras
Adaptação: Pássaro de Ferro

quinta-feira, 25 de julho de 2013

SECRETÁRIA DE ESTADO DA DEFESA NO HOT BLADE (M1093 - 213PM/2013)



A Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional apreciou de perto os exercícios realizados em Linhares da Beira, onde militares dos três Ramos da Forças Armadas Portuguesas e também da Áustria, Bélgica, Alemanha e Holanda (Reino Unido, República Checa e Suécia estiveram presentes como observadores), treinaram uma missão num ambiente operacional quente, a grande altitude e empoeirado, simulando o desafio e as condições dinâmicas que as forças participantes poderão encontrar num teatro de operações.

Berta Cabral sublinhou a importância deste exercício que “permite fornecer competências e melhorar a operacionalidade das nossas Forças Armadas, sem o ónus de ter de deslocar os nossos militares para o estrangeiro e com o benefício extra de dinamizar a atividade económica desta região, por força das necessidades logísticas de uma operação que envolve mais de 3 mil militares”.


Na deslocação a Ovar e a Linhares da Beira, a Secretária de Estado Adjunta e da Defesa Nacional teve a companhia do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, General Luís Araújo, e dos Chefes de Estado-Maior dos três Ramos, Almirante Saldanha Lopes (Marinha), General José Pinheiro (Força Aérea) e General Pina Monteiro (Exército), além de outras entidades civis e militares, portuguesas e estrangeiras, ligadas à realização do Hot Blade 2013.

Devido às singulares condições atmosféricas e geográficas, Portugal foi escolhido pela Agência Europeia de Defesa para receber este ano o Hot Blade, à semelhança do que aconteceu no ano passado e sucederá no próximo, sendo a Força Aérea Portuguesa a entidade responsável pelo planeamento e condução do exercício.

Fonte: Ministério da Defesa

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O RENASCER DA MARINHA RUSSA (M1092 - 212PM/2013)

Porta-aviões Admiral Kuznetsov    Foto:huanqiu.com

Porta-aviões é indispensável

Continua o desenvolvimento de um novo porta-aviões atômico para a Marinha da Rússia. Estes serviços são efetuados por vários gabinetes de projeção e entidades do Complexo Defensivo Industrial em São Petersburgo. “Os relatórios sobre os resultados dos trabalhos de desenvolvimento do futuro porta-aviões são enviados regularmente ao Ministério da Defesa da Federação Russa e ao comando principal da Marinha da Rússia”, disse passados alguns dias após a reunião com o presidente o comandante-chefe da Força Naval, almirante Viktor Chirkov:“Não precisamos de um porta-aviões de ontem ou de hoje, mas sim de um navio realmente prometedor, capaz de cumprir missões em cooperação com vasos de superfície, submarinos e o agrupamento orbital de aparelhos espaciais. O porta-aviões deve dispor das mais amplas possibilidades de efetuar ações militares em situações de qualquer grau de complexidade e em qualquer teatro marítimo e oceânico de ações militares”.

A “epopeia de porta-aviões” da Marinha da Rússia continua há quase dez anos – a necessidade de desenvolver um novo porta-aviões começou a ser discutida ainda na primeira metade dos anos 2000. Hoje, há vários fatores que permitem falar sobre o início da construção destes navios, dentro de uma perspetiva real nos próximos dez anos. Trata-se em primeiro lugar de uma clara compreensão de que a Marinha precisa do seu próprio apoio aéreo. Esta ideia tornou-se ainda mais forte, levando em consideração a experiência de conflitos armados dos anos 1990-2000 com a participação das forças navais de diferentes países. A aviação, inclusive naval, desempenhou um dos principais papéis nesses conflitos. A Marinha da Rússia necessita de apoio aéreo no quadro dos mais diversos cenários – de um possível conflito com forças NATO, a operações expedicionárias independentes, ou conjuntas, em regiões distantes.
O Ministério da Defesa russo começou a realizar os planos de construção de aviões STOVL. A construção e exploração de dois (possivelmente quatro) navios de assalto anfíbios da classe Mistral, o primeiro dos quais entrará será lançado dentro dos próximos dois anos, dará aos marinheiros russos a necessária experiência de operar um porta-helicópteros contemporâneo, em combinação com a experiência da exploração do porta-aviões Admiral Kuznetsov.
A elaboração de um novo projeto de porta-aviões em conjunto com o desenvolvimento de novos aviões navais, de que se falou também pela direção da Marinha, permitirá à Rússia obter o novo navio no momento em que a Força Naval já terá a experiência suficiente de explorar tais navios e uma reserva de quadros para formar tripulações.

As perspetivas mais próximas

Mas o novo porta-aviões é uma perspetiva bastante afastada. Mesmo se a construção do navio começar em 2015, é pouco provável que o navio entre seja lançado antes de 2022-2023. Neste período, a Marinha deverá resolver várias tarefas urgentes. Deverá ser criada uma nova infraestrutura: os respetivos serviços estão a ser efetuados em todas as bases navais russas em diferentes vetores – da renovação de rebocadores e de outras embarcações auxiliares, à construção de novos cais, armazéns e centros de preparação.
Trata-se também da substituição de navios de superfície e de submarinos de construção soviética, por unidades combativas de nova geração. Nos próximos dez anos, uma grande parte de navios e  submarinos será retirada do arsenal da Marinha, por ter expirado seu prazo do serviço e por isso a construção de novas unidades ganha hoje especial importância. Atualmente, os ritmos de construção crescem gradualmente e podemos esperar que, em resultado da reparação geral e da modernização prevista de navios e de submarinos mais “novos” de construção soviética, a Marinha possa escapar a uma queda drástica da quantidade, que a privaria de possibilidades de cumprir missões combativas.
Até ao fim da década em curso, a Força Naval deverá receber um total de aproximadamente 30 unidades combativas da classe corveta/fragata, não menos de 15 pequenos navios de artilharia/mísseis e mais de 20 submarinos versáteis – atómicos e a diesel. 
Dentro do próximo par de anos, deverá começar também a construção de um contratorpedeiro de nova geração. Serão reforçadas ainda a aviação costeira e a defesa costeira naval. Esta renovação criará uma base, na qual será possível desenvolver uma frota oceânica equilibrada e estável, que incluirá sem dúvida porta-aviões.


Fonte: Voz da Rússia
Adaptação: Pássaro de Ferro


O FUTURO DOS PORTA-AVIÕES RUSSOS (M1091 - 211PM/2013)

Complexo de treino de aviação naval NITKA     Foto: wikipedia

Tiveram início na cidade de Eisk, na costa do mar de Azov, os voos experimentais de aviões embarcados russos a partir do Complexo de Testes e Treino Aeronáutico (NITKA, na sigla russa).

Esse complexo, construído na Rússia em substituição de uma infraestrutura semelhante que existe na Crimeia, e que depois da queda da URSS ficou a pertencer à Ucrânia, permite desenvolver a longo prazo a aviação embarcada russa.

A informação sobre a construção do complexo de Eisk apareceu em 2011.

A construção do NITKA em Eisk testemunha a importância atribuída pelo comando militar russo à aviação embarcada. Isso também permite supor a intenção do Ministério da Defesa russo em retomar a construção de navios porta-aviões: construir este tipo de infraestrutura apenas para o Admiral Kuznetsov, cujo tempo de vida útil irá terminar na próxima década, seria exagerado.

A construção do complexo ainda não está terminada, e há uma série de sistemas muito importantes, incluindo o bloco dos sistemas de travagem, que ainda não está montada. Em 2015, quando o complexo for totalmente entregue para exploração, ele irá reproduzir a 100% o equipamento do convés de voo de um porta-aviões, permitindo treinar os pilotos para voarem a partir de navios. Hoje, esses complexos existem nos EUA e estão a ser construídas estruturas idênticas na China e na Índia.

Além da preparação dos pilotos da aviação embarcada, em Eisk também deverão ser treinados pilotos de helicópteros navais. O comando da Marinha de Guerra está a preparar a construção de uma plataforma de helicópteros no mar, onde poderá ser treinada a aterragem em condições de oscilação.

Em perspetiva, o NITKA poderá receber equipamento adicional conforme a decisão a ser tomada relativamente ao projeto do futuro porta-aviões. Tal como o complexo ucraniano, ele poderá receber um sistema de catapultagem a vapor ou eletromagnético. No NITKA poderão ser treinados métodos e equipamentos para aterragem “às cegas” no convés de noite e com mau tempo. Estes sistemas já são utilizados nos EUA e estão a ser desenvolvidos na Rússia.

Assim, as notícias sobre o desenvolvimento desse complexo podem indicar quais serão as perspetivas de desenvolvimento da aviação embarcada russa. O NITKA deverá vir a ser uma instalação informativa muito apreciada.

A Ucrânia esteve muito tempo à espera de assinar contratos de arrendamento a longo prazo do seu simulador a outros países, como a Índia e a China. Essas esperanças foram mal sucedidas. A China está a construir dois centros de treino para formar especialistas em aviação de convés: em Wuhan, para os técnicos da esquadra embarcada, e na ilha de Huludao, no mar Amarelo, para os pilotos. Os caças chineses J-15, criados com base no Su-33 soviético, já realizaram voos a partir do novo aeródromo. Assim, a China já não precisa do complexo ucraniano.

 A segunda esperança era a Índia, mas no inverno de 2012 surgiram notícias acerca da construção neste país do seu próprio complexo de formação de pilotos de aviação embarcada, com o apoio de especialistas do gabinete de projetos russo Nevsky, o principal projetista dos porta-aviões russos. A construção da infraestrutura indiana torna inútil o complexo na Crimeia: os países que usam navios porta-aviões da “escola soviética” estão a obter as suas próprias infraestruturas para o treinamento de pilotos e especialistas.

Fonte: Voz da Rússia
Adaptação: Pássaro de Ferro

terça-feira, 23 de julho de 2013

MINISTRO DA DEFESA NO HOT BLADE/APOLO 2013 (M1090 - 210PM/2013)


Aguiar-Branco deslocou-se hoje a Tancos para assistir ao Exercício APOLO13 da Brigada de Reação Rápida, onde marcaram ainda presença o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas e os Chefes de Estado-Maior do Exército e da Força Aérea, os dois ramos que integram este exercício.

O Ministro da Defesa Nacional reforçou a importância da realização destes exercícios conjuntos que “permitem um cumprimento de excelência das missões conferidas a Portugal”.

Aguiar-Branco destacou ainda o reconhecimento internacional das Forças Armadas Portuguesas em todos os teatros de operações em que participam, em missões da NATO, da União Europeia ou das Nações Unidas.

O Exercício APOLO 13 assume um caráter conjunto, por integrar meios do Exército e da Força Aérea, e decorre integrado com o Exercício HOT BLADE 13, da responsabilidade da Agência Europeia de Defesa e realizado em Portugal sob a coordenação da Força Aérea Portuguesa.

O APOLO13 decorre até 31 de julho nas regiões de Ovar, São Jacinto, Lamego, Seia, Sabugal, Celorico da Beira, Pinhel, Meda, Tancos e Campo Militar de Santa Margarida e envolve um efetivo de cerca de 1400 militares.

Fonte: Ministério da Defesa


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