quarta-feira, 26 de agosto de 2009

MAIDEN FLIGHT



Na tarde do dia de ontem mais um MLU se juntou à já extensa família dos falcões modernizados, que vão povoando a Base de Monte Real.

O benjamim da família é por isso agora o 29 (isto se admitirmos que a versão MLU é uma nova vida da célula anterior).


Pelas 16.20 horas do dia 25/08/2009, o 15129 abriu as asas e partiu rumo aos céus como ave de rapina que é.

Emocionante como ver uma cria aventurar-se no mundo pela primeira vez, é esse o momento mágico aqui retratado hoje.


Pilotado pelo Maj Lourenço, Comandante da Esq. 301, num voo de cerca de 50 minutos em que os sistemas electrónicos e mecânicos do aparelho foram testados um a um, regressou a casa para um primeiro touch & go.

Seria aqui que a única falha viria a ser detectada, ao não conseguir recolher o trem de aterragem pela “via normal”. Sendo um problema susceptível de ocorrer em qualquer avião operacional e de simples explicação e resolução, a célula ficaria apta, não com distinção é certo, devido à falha detectada, mas pronta para seguir para pintura e incorporar brevemente a frota operacional ao serviço da FAP.



quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O comentário do general...




Fiat G-91 R4 preservado no aeródromo de Viseu com a pintura utilizada na Guiné destinada a reduzir a assinatura térmica, face ao aparecimento dos SAM inimigos SA-7 Strela no teatro de guerra.

Nos primeiros meses de 1966, oito aviões Fiat são transferidos para África (números de série 5401-3, 5405-7 e 5417-8), mais concretamente para a base aérea de Bissalanca para fazer face à guerra que acontecia na Guiné. Os primeiros aviões chegam ao porto de Bissau em fins de Março e o primeiro voo ocorre nos primeiros dias de Julho. No dia do voo está presente o comandante-chefe, general Schultz, que num momento de entusiasmo perante a demonstração do avião chega a dizer que os guerrilheiros não vão resistir por muito tempo, quando o Fiat passar por cima deles. Um sinal de que o general português não entendia muito bem a natureza da guerra na Guiné. Um comentário que fica para a história…

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O ESTIO PASSA PELO PÁSSARO DE FERRO

Descanso do "Pássaro de Ferro" - Foto: (c) A. Luís

Até início de Setembro, o Pássaro de Ferro vai entrar numa fase de descanso do pessoal.
Depois de 3 meses (que se seguiram ao terceiro aniversário) muito intensos, com missões quase diárias, a cobertura de eventos aeronáuticos (Aniversário FAP e 50 anos da BA5 Monte Real) e mais de 11 mil visitas, faremos agora uma pausa nas operações, correspondentes ao período de "férias" do comando.
Voltaremos, como já foi dito, em Setembro, sempre com a mesma paixão pelos aviões, com a marca de qualidade que exigimos a nós mesmos em nome dos milhares que nos visitam ,para continuar com o trabalho e preparando a anunciada abertura da "Sala de Operações" do Pássaro de Ferro.

Estatísticas para uma Silly Season


De 15 de Maio de 2006 a 13 de Agosto de 2009
Visitas: 44205
Páginas consultadas: 89550
Missões cumpridas:
296
Fotografias publicadas: Cerca de 1200
Origem das visitas:
Portugal - 57%
Brasil - 21%
Outros - 22%

Até breve!
O "Comandante": António "Sniper" Luís

sábado, 8 de agosto de 2009

Os aviões, a fotografia, e os orgasmos… -- O Concorde no Porto



Revolvi os ficheiros dos escritos antigos, e volto aqui por isso com um tema antigo, sobre o Concorde.

O Concorde no Porto
Não que fosse assim a correr muito atrás do Concorde, mas era uma novidade nova e sobretudo fora do comum por estas paragens Nortenhas e eu, mea culpa, mea culpa, nessa altura deambulava bastante ali pelas bandas das bordas do Aeroporto do Porto, fotografando literalmente tudo o que por ali esvoaçava, inclusive garças, pardais, e outros bichos penudos...
De modos que nesse sábado lá fui, assistir ao fenómeno, o fenómeno de cerca de um dia e meio de voos de treino, "toca e anda", de tripulações da British Airways, quem sabe se não mesmo as últimas a ter o privilégio de voar o "autocarro com asas" mais rápido do mundo, num corropio estridente de sobe e desce.
Senti-me a assistir a um momento mágico, de um avião extraordinário, cujas esteiras fumegantes faziam lembrar aviões mais a sério, como o nosso A-7P e os demais. Quatro motores enormes a debitarem jota escurecido à passagem pelas cabeceiras da pista, ora a descer, ora a subir, fazendo a Terra tremer quilómetros ao redor -- Formidável! Formidável ... quer dizer, eu levei os supressores de ruído, bem encatrafiados no fundo dos ouvidos, mas os mirones ... era vê-los quase a sangrar dos ouviditos ... eh eh eh
Desse dia, a foto que me arrependo hoje de não ter feito é uma das que actualmente faço, sempre que me encontro em situações semelhantes: a massa humana estupefacta ante o fenómeno aeronáutico, ou a "cousa aeronáutica", de ver uma coisa estrambólica feita de que fios e parafusos de ferro e plástico que se eleva como um Pássaro, rumo ao azul...








Video do Pedro Oliveira: https://www.youtube.com/watch?v=Cv1Zr761bvk


quinta-feira, 6 de agosto de 2009

FESTIVAL FAP '88 - Parte III

Cessna T-37C - Asas de Portugal (formação clássica)


Cessna T-37C - Asas de Portugal (formação clássica)


Formação de Fiat G.91


Como tinha falhado o festival de 86 por ter sido erradamente anunciada a data na Mais Alto, e o de 87 também já dei conta dos contratempos que o rodearam, o Festival de 88 tinha que compensar tudo o que estava para trás. Tanto mais que era um verdadeiro caso de “a montanha foi a Maomet” porque o Festival se realizava em Coimbra de onde sou natural.
Mas a nuvem negra que ataca mesmo no dia de céu mais limpo, aguardava a oportunidade para ensombrar o acontecimento, sob a forma do casamento de um familiar.

Para o tão aguardado fim-de-semana do festival estava reservada uma boda. Conflito de interesses incontornável. Todos os argumentos esbarraram na inflexibilidade dos meus pais preterirem o casamento para ir ao festival aéreo. O melhor que consegui foi a promessa de seguir para o aeródromo de Cernache onde se realizava o evento, mal acabássemos de comer.
Como toda a gente sabe as coisas não se passam assim tão linearmente, e entre mais dois dedos de conversa e o sai-não sai, chegámos a Cernache já o festival decorria. Dois quilómetros a correr a pé porque devido a chegar tarde tudo estava engarrafado, e perdemos a atracção maior, o A-7 a lançar um míssil (ou disparar o canhão, as opiniões divergem).
O resto do festival foi de boa memória e registei mesmo numa cassete áudio no gravador do ZX Spectrum (foi o melhor que se arranjou porque não tinha câmara de vídeo) sons dos T-37, T-33, G-91 e ainda a exibição solo do A-7, conforme o António Luís também já tinha mencionado, na sua versão dos acontecimentos.
Alguns destes sons ainda ouço todos os dias, ao iniciar e encerrar o Windows do meu computador (que já não é o Spectrum!)
Mas ficou a mancha de não ter sido ainda o festival para desfrutar de uma ponta à outra.

À semelhança do ano anterior em que os Dire Straits ficaram ligados ao NTM87, a banda sonora de 88 foi o tema "Mine all mine" dos Van Halen. Não há uma vez que ouça essa música que não seja transportado no tempo e no espaço para aqueles momentos, apesar de tudo inesquecíveis.


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

OS DIAS DA HISTÓRIA


Os passados dias 22 e 26 de Julho, marcaram a história da aviação em Portugal e em particular da BA5, base que festeja este ano o seu meio século de existência.
No primeiro dia, já aqui relatado, foi aberta a janela da base aos Spotter's.
Sem ser necessário recuar muito, o Spotting era olhado com uma desconfiança de comadres, sendo que os seus praticantes eram rotulados, de imediato, como os malucos das vedações que de máquina em punho, fotografam tudo o que mexe e tiram notas das matrículas dos aviões.
Há histórias de apreensões de material fotográfico e até de "intimidação," face à "ilegalidade" da actividade.
No entanto, a Internet veio alterar o panorama. Proliferam sites de fotografia de aviões, onde os Spotter´s saem do anonimato e mostram a sua "arte", acabando de vez com complexos de anos.
Tomada a situação como incontornável, do ponto de vista da aceitação desta actividade, em boa hora se decidiu abrir o espírito da coisa aos seus verdadeiros amantes.
A BA5 é, em Portugal, a base mais "spottada". É nela que estão baseados os caças F-16, aqueles que mais adrenalina suscitam, aqueles cujo desafio fotográfico suscita mais apuro dos Spotter's. Cada foto é diferente da anterior, cada posição assumida pelo F-16 é susceptível de ser captada no instante do seu voo.


A 22 de Julho, oficialmente, e também a 26, a BA5 decidiu colocar dentro do seu espaço, muitos dos que tantas vezes, permaneceram do lado de fora, em esperas mais ou menos prolongadas, muitas vezes idos no engano de poucos aviões no ar, na errância do tempo climatérico.
O tributo às horas de dedicação descomprometida foi finalmente prestado sob a forma de um dia a eles dedicado.
Os aviões desfilaram, em terra e no céu, posando para a objectiva dos Spotter's, oferecendo-se ao nervoso das objectivas, dando-se à paixão que se alimentou de fugazes momentos junto às vedações, na ânsia da revelação dos rolos antes, no ecrã dos computadores mais recentemente..
A paixão é a mesma, o motivo o de sempre e, por um dia, os Spotter's tiveram o seu dia, resistindo à chuva e ao vento, ficando e captando as imagens, sempre em busca DA imagem. Aquela que nunca chegarão a tirar...
Só eles sabem porquê!



Fotos: (c) Hélder Afonso (Spotter) e Paulo Mata

ARTIGOS MAIS VISUALIZADOS

CRÉDITOS

Os textos publicados no Pássaro de Ferro são da autoria e responsabilidade dos seus autores/colaboradores, salvo indicação em contrário.
Só poderão ser usados mediante autorização expressa dos autores e/ou dos administradores.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons
>